“Brinquedos e Brincadeiras de Ontem e de Hoje”
1. Fundamentação
Considerando que vivemos numa sociedade em que a tecnologia está cada vez mais avançada e inovadora, e os recursos acessíveis tendem a isolar cada vez mais as pessoas (principalmente as crianças), será importante dar a conhecer os hábitos das brincadeiras à moda antiga, que com menos recursos revelaram-se desde sempre mais saudáveis, contribuindo de forma significativa para um desenvolvimento mais salutar e com maior qualidade de vida.
Deste modo, urge aos docentes a incumbência de reflectir sobre o assunto e assim adoptar uma postura de intervenção/ acção, ajustada à comunidade escolar vigente. Esta forma de intervir conduzirá a uma maior sensibilização dos agentes educativos junto das crianças, no sentido de lhes proporcionar uma educação/ formação mais significativa. Será oportuno recorrer à comparação da realidade lúdica de ontem relativamente à actual. Em suma, há a pretensão de proporcionar a experimentação das brincadeiras e dos brinquedos antigos, ampliando assim o universo lúdico e cultural das crianças.
Assim, será vantajoso estimular novos hábitos de brincar nas crianças, estreitar as relações interpessoais, promovendo uma maior aproximação entre a: escola/ família/ comunidade. Será de todo importante aproximar gerações, partilhar saberes e contribuir da melhor forma possível, para o crescimento e desenvolvimento integral das crianças.
Objectivos/Actividades a desenvolver:
-Articular o ensino Pré-Escolar com o 1º Ciclo, através do desenvolvimento das diversas actividades propostas;
-Socializar; incluir e aproximar os intervenientes (gerações);
-Dar a conhecer diversos tipos de brincadeiras e brinquedos de antigamente;
-Estimular hábitos saudáveis de brincar (mais activos);
-Desenvolver capacidades e aptidões;
-Desenvolver a criatividade das crianças;
-Dar a conhecer a evolução dos brinquedos e das brincadeiras, ao longo dos tempos;
-Sensibilizar para a construção de brinquedos e recorrer a materiais de desgaste/ recicláveis;
-Aprender e cumprir as regras dos jogos/ brincadeiras;
-Proporcionar momentos de pesquisa, reflexão e partilha de saberes;
-Aproximar gerações – estreitar as relações interpessoais: escola/família/ comunidade;
-Descobrir o património cultural – Jogos tradicionais;
-Apresentação do projecto aos intervenientes;
-Levantamento dos brinquedos e das brincadeiras favoritas dos alunos;
-Realização de um inquérito dirigido aos pais/ avós/…
-Estabelecimento da comparação dos brinquedos e brincadeiras actuais com os de antigamente;
-Recolha de brinquedos, em desuso, no Natal – apelar ao espírito solidário dos alunos/ pais;
-Convite aos pais/ avós para vir à escola partilhar os brinquedos e as brincadeiras – partilha das experiências com a comunidade escolar;
-Comemoração do “ Dia do Brinquedo” – cada aluno traz um brinquedo para partilhar com os colegas; (ver dia comemorativo e alertar para o direito de brincar)
-Exposição de alguns exemplares de brinquedos antigos;
-Realização de actividades apelativas à temática (em cada turma) – desenhos, pesquisas, fotografias, recortes;
-Elaboração de uma brochura informativa sobre o projecto – divulgação à comunidade;
-Adequação do P.A.A. à temática do projecto; Dinamização dos recreios (maletas; materiais diversificados).
-Exposição, em espaço a definir, onde serão apresentados os trabalhos produzidos na implementação do projecto.
-Convidar alguém da área lúdica e pedagógica, para dar uma palestra.
- Convidar os pais/ avós para vir demonstrar brincadeiras antigas/ contar histórias com os brinquedos.
- Convidar artesãos.
- Criação da “Brinquedoteca” – Biblioteca Escolar;
- Criação de uma oficina de brinquedos reciclados;
- Organização de visitas de estudo a museus; exposições; …
- Convite aos artesãos do concelho/ distrito – palestra com demonstração
RESPONSÁVEIS
Alunos e prof. 1.º ano da EB Castro Verde e Jardim de Infância de Castro Verde
Pais/Enc. Educação
Prof. AEC’s e de animação
"LENDO LENDAS"
- Promover o gosto pela leitura;
- Preservar a tradição oral;
- Desenvolver a criatividade. -Pesquisa de lendas da nossa região, na Net, em casa e na escola.
-Um convidado vem à sala de aula contar uma lenda.
-Leitura e exploração curricular de lendas na sala de aula.
-Gravação de Lendas na Rádio Castrense. _ 1 por Período
-Visita de estudo ao S. Pedro das Cabeças.
-Visita de estudo à Basílica.
-Leitura autónoma de Lendas na sala de aula.
-Recriação de Lendas.
-Ilustração de Lendas.
-Publicação das recolhas efectuadas num Blog. – 2º Período
-Realização de um filme tende por base uma das Lendas trabalhadas e com a participação das famílias. – 3º Período
RESPONSÁVEIS
Alunos e prof. 2.º A e 2.º B da EB Castro Verde
Pais/Enc. Educação
Prof. AEC’s
“ KOISAS DE CASTRO VERDE “ - “O Falar Alentejano”
Fundamentação:
“ Fazer da cal o bilhete de identidade. Comer o primeiro u de Augusto. Às Marias chamar Bias. Petiscar ao fim do dia. Acreditar em Deus e ser indiferente à missa. Chamar “magana” à morte. Dizer dos familiares que lhe morreram “O meu pai que Deus tem”. Tirar o chapéu diante do cemitério. São coisas dos alentejanos. (…)
Olhar o horizonte e saber ter vagar. Dizer: “estou à espera de me ir embora…”.Estar de roda do lume. Ter sempre a faquinha no bolso das calças. Condutar o pão, o vinho e a vida. Beber só em companhia. À seca chamar desgraça. Ao calor chamar calma. São coisas de alentejanos.
Porque sim”( Pedro Ferro, Artesão do Efémero)
O fascínio que se sente pela imensidão do Alentejo leva-nos a abraçar com ternura e naturalidade, coisas que poderiam ser vistas como ofensas, grosserias ou má educação. É assim o alentejano.
“ O alentejano não diz palavrões. Fala por metáforas. Vá-se lá saber porquê. Coisas talvez do sol. Do sul.” ( Pedro Ferro, Artesão do Efémero)
Há traços do falar alentejano que ainda se conservam na actualidade, mesmo no caso de falantes mais jovens, apesar de toda a carga normalizadora imposta pela escola, com o português padrão.
Neste projecto, justifica-se que se faça um levantamento das formas mais frequentes que caracterizam a variedade popular da região e que constitui a variedade com que os alunos contactam no seu dia-a-dia e com que alguns chegam à escola. O trabalho do professor deverá ser o de proporcionar o acesso à variedade do Português padrão. O confronto com a variedade de formas populares deverá ser efectuado de uma forma explicativa que integre a variedade como uma das características da língua e não de uma forma depreciativa. As formas recolhidas poderão ser trabalhadas com os alunos na perspectiva da conquista ortográfica e da consciencialização da diversidade dentro da própria língua.
Objectivos/Actividades a desenvolver:
- Sensibilizar o património oral (dialecto alentejano);
-Valorizar as formas orais mais frequentes que caracterizam a variedade popular da região;
-Desenvolver a consciência da variação linguística ligada a factores geográficos;
-Estabelecer relações entre formas de diferentes variedades dialectais;
-Tomar consciência da maior ou menor distância da variedade falada, em relação à forma ortográfica Recolha de palavras e expressões do falar alentejano
-Recolha e Leitura de textos inéditos do falar alentejano
-Organização de um Caderno do falar alentejano
-Obtenção de registos orais através de gravações de voz ou imagem
-Escrita de conversas entre personagens alentejanas em situações do dia-a-dia
-Elaboração de uma apresentação da recolha em programa da rádio local (diálogos entre personagens)
-Organização de uma apresentação em PPT sobre o tema
-Representação através de teatro “Gentes com voz do Alentejo”
RESPONSÁVEIS
Alunos e prof. 3.º A e 3.º B da EB Castro Verde
Pais/Enc. Educação
Prof. AEC’s
Comunidade escolar e local
Olhar e Ver – "Castro à Lupa”
FUNDAMENTAÇÃO
O pôr em prática este projecto prende-se com o acreditar que conhecer o património desempenha um papel fundamental na preservação da nossa cultura e que o contacto das novas gerações com o meio local é imprescindível para que neles se possa desenvolver um sentimento de pertença.
Sendo na escola que se encontra um dos públicos alvo que é urgente trabalhar e enriquecer, consideramos que este é o meio privilegiado para desenvolver o citado projecto que visa proporcionar o conhecimento pretendido, associando a componente pedagógica, a componente lúdica e a transversalidade das TIC.
É ainda objectivo deste projecto dar continuidade ao trabalho desenvolvido no ano anterior mas de uma forma mais minuciosa sobre determinados aspectos do património cultural e arquitectónico do meio envolvente.
Devido às características do trabalho em parceria, a calendarização das actividades será feita por períodos lectivos para assegurar uma melhor gestão do tempo e dos recursos.
Objectivos/Actividades a desenvolver:
-Promover a observação e o conhecimento, a abordagem crítica e a valorização do património local – a arquitectura regional – através da abordagem crítica e da articulação das linguagens expressivas
-Apoiar o desenvolvimento curricular nas áreas: TIC; Língua Portuguesa e Expressão Plástica.
-Visita à Vila de Castro Verde, registo fotográfico – O ficheiro é instalado nos Magalhães dos alunos.
O material recolhido é organizado em ficheiros/individuais e/ou grupo. (suporte informático). Elaboração do blogue do projecto. Palestras/workshops com convidados.
Os alunos seleccionam e trabalham as fotografias que pretendem utilizar (Adobe Photoshop)
-Pesquisas sobre: aspectos culturais e sociais da arquitectura alentejana; artistas plásticos, escultores que trabalhem sobre a temática do “urbano”.
-Visita organizada com um convidado (arquitecto, pintor…) registo fotográfico.
De acordo com as fotos escolhidas os alunos seleccionam pormenores e fazem a representação na área de expressão plástica: experimentação de várias técnicas e materiais
-Oficina de escrita criativa: os alunos personificam, através da narrativa criativa, os pormenores arquitectónicos escolhidos (ex: porta, janela, telha, batente, fechadura).
O PB grava as histórias narradas pelos alunos e faz um podcast que será colocado no blog da BE/blogue do projecto.
-Preparação da Exposição final dos trabalhos dos alunos a realizar no FÓRUM Municipal
RESPONSÁVEIS
Alunos e prof. 4.º A, 4.º B e 4.º C da EB Castro Verde
Pais/Enc. Educação
Prof. AEC’s
Comunidade escolar e local
Biblioteca Escolar
“ Santa Bárbara, Freguesia Lendária”
FUNDAMENTAÇÃO:
Inserido no Projecto “Castro, Terra com Tradição”, preconizado pelo Departamento do 1º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Castro Verde, a Escola Básica com Jardim de Infância de Santa Bárbara de Padrões irá explorar alguns aspectos que estarão ligados ao conhecimento da Freguesia e seus lugares.
Numa perspectiva histórica, desde a época romana até aos nossos dias, partiremos do topónimo da aldeia sede de freguesia para desenvolver uma pesquisa orientada para a lenda que lhe deu origem, ligada à actividade mineira milenar.
A nossa intenção será produzir uma curta-metragem que ilustre a referida Lenda que está ligada à tradição das gentes da Freguesia.
O convite à comunidade escolar para conhecer a Freguesia incidirá sobre um percurso “paddy-paper” que permitirá divulgar a outros o património histórico-cultural desta região.
Com tudo isto, pretende-se que os alunos conheçam e valorizem a terra onde nasceram, com as suas origens e as suas perspectivas para a construção do futuro, a partir de atitudes assertivas no tempo presente.
Objectivos/Actividades a desenvolver:
-Incentivar o contacto inter-geracional na promoção da tradição e da cultura local
-Pesquisar conteúdos ligados às artes, tradições e arquitectura típicas da região
-Aprender a entoar temas da tradição local do “cante alentejano”
-Produzir uma curta-metragem sobre a Lenda de Santa Bárbara
-Produzir texto narrativo e dramático
-Reconhecer tradições locais
Pesquisar elementos significativos da Lenda de S.ta Bárbara
- Realizar um percurso pré-determinado seguindo pistas escritas e com o acompanhamento do professor
-Recolher tradições locais
-Trabalhos de pesquisa sobre artes, tradições e arquitectura típica da região;
-Evocação do Dia de Santa Bárbara
- Trabalhar a Lenda de Santa Bárbara;
- Produção de uma curta-metragem sobre a “Lenda de Sta. Bárbara”
-Percursos de “Paddy-paper” pelas ruas da aldeia
RESPONSÁVEIS:
Alunos e prof. da EB/JI Sta Bárbara de Padrões e JI Sete
Pais/Enc. Educação
Prof. AEC’s
Comunidade escolar e local
Biblioteca Escolar
“ Comendo com tradição”
FundamentaçãoNo âmbito do Projecto do departamento do 1º ciclo “Castro com Tradição” a E.B. e J.I. de Casével propõem-se a abordar o tema da alimentação tradicional do concelho.
Optou-se por este tema já que a maioria dos alunos evidencia desconhecer a tradição alimentar do seu concelho e por apresentarem hábitos alimentares pouco saudáveis. Estes hábitos centram-se em comidas tipo fast food e pré-feita.
Desta forma e uma vez que a cultura culinária se tem vindo a perder em detrimento da confecção de alimentos pouco saudáveis e/ou importados de outras regiões ou países pretende-se com este projecto relembrar os hábitos alimentares ancestrais e valorizar a importância que os alimentos tiveram na saúde e qualidade de vida dos nossos antepassados.
Objectivos/Actividades a desenvolver:
- Articular, o ensino Pré-Escolar com o 1º Ciclo, através do desenvolvimento das diversas actividades propostas;
- Socializar; incluir e aproximar os intervenientes (gerações);
- Desenvolver capacidades e aptidões;
- Desenvolver a criatividade das crianças;
- Proporcionar momentos de pesquisa, reflexão e partilha de saberes;
- Aproximar gerações – estreitar as relações interpessoais: escola/família/ comunidade;
- Descobrir o património cultural – Alimentação
- Dia da Alimentação - recolha de produtos hortícolas da região;
- Matança do porco, com a ajuda da comunidade local;
- “Dia dos enchidos” – confecção de enchidos com a ajuda da comunidade local;
- Elaboração de um livro com receitas recolhidas pelos alunos;
- “Hoje vou cozinhar com o meu Pai”- confecção de uma refeição para posteriormente ser utilizada em casa com ajuda do pai;
- Páscoa – confecção de pão e folares.
RESPONSÁVEIS:
Alunos e prof. da EB/JI Casével
Pais/Enc. Educação
Prof. AEC’s
Comunidade escolar e local
“Património tradicional oral”
Fundamentação:Na senda do projecto “Conhecendo terras de Castro ”, do ano lectivo transacto, e porque S. Marcos da Atabueira é uma terra de população envelhecida, com raízes que as agarra à terra, guardando dentro de si heranças de tesouros que passaram de pais para filhos e não devem ficar ocultos dos mais novos, visto contarem histórias interessantes que revelam uma cultura muito rica, escolhemos para trabalhar ao longo deste ano lectivo “ O Património tradicional oral”.
Objectivos/Actividades a desenvolver:
- Promover a articulação entre o JI/1º Ciclo;
- Valorizar, vivenciar e respeitar as tradições;
- Alargar o vocabulário e conhecer novas palavras;
- Proporcionar vivências e novas aprendizagens;
- Proporcionar oportunidades de envolvimento da Escola/Encarregados de Educação/Família/Comunidade;
- Proporcionar oportunidades de desenvolvimento cultural e artístico numa perspectiva da progressão global da criança.
-Recolha de Informação junto da população: histórias, poemas, anedotas;
- Convites a algumas pessoas da aldeia a irem à escola para contarem histórias, poemas ou anedotas às crianças;
- Exploração das histórias, poemas ou anedotas através de desenhos colagens, pinturas;
- Conto de uma história através de fantoches, elaborados pelas crianças;
- Construção de um PowerPoint.
- Dramatização de uma história no final do ano lectivo.
RESPONSÁVEIS:
Alunos e prof. da EB/JI S. Marcos da Atabueira
Pais/Enc. Educação
Prof. AEC’s
Comunidade escolar e local
“Rezas, benzeduras e mezinhas”
Fundamentação
A EB/JI de Entradas vão trabalhar no ano lectivo 2010/2011, o projecto “Rezas, benzeduras e mezinhas”, projecto este que vem no seguimento do projecto do ano anterior, cujo tema é “Conhecer Terras de Castro”.
A escolha do tema para este ano lectivo tem como meta principal a “Preservação de hábitos comunitários na nossa vila e no nosso concelho” e visa proporcionar aos alunos um conhecimento mais profundo sobre “Rezas, benzeduras e mezinhas”, cuja transmissão de saberes é feita oralmente.
Para que a tradição não se perca e tendo por base uma população envelhecida, com uma forte componente religiosa, maioritariamente católica, cabe à escola, enquanto elo de ligação, fazer a pesquisa e a divulgação destes saberes tão particulares e populares. Vamos dar vida às nossas tradições, porque cultura é vida.
Objectivos/Actividades a desenvolver:
-Preservar hábitos comunitários na vila de Entradas e no concelho de Castro Verde;
- Proporcionar aos alunos um conhecimento mais profundo sobre a temática;
- Proporcionar o contacto com gentes do meio local.
- Recolha de plantas medicinais;
- Pesquisa de plantas medicinais da nossa região;
- Construção de um herbário;
- Mezinhas caseiras (modo de preparação e sua utilidade);
- Recolha de orações, rezas e benzeduras;
- Elaboração de um livro com as recolhas feitas;
- Exposição de plantas no adro da igreja.
RESPONSÁVEIS:
Alunos e prof. da EB/JI Entradas
Pais/Enc. Educação
Prof. AEC’s
Comunidade escolar e local
Lar Frei Manuel das Entradas
Junta de Freguesia
